Marlon Brando: o revolucionário de Hollywood
Marlon Brando é considerado um dos maiores atores de todos os tempos, um verdadeiro ícone que revolucionou a forma de atuar no cinema. Com seu estilo naturalista e intenso, ele quebrou paradigmas e influenciou gerações de artistas.
Início da carreira
Nascido em 3 de abril de 1924, em Omaha, Nebraska (EUA), Brando cresceu em uma família problemática. Mudou-se para Nova York nos anos 1940 e estudou no renomado Actors Studio, onde foi aluno de Stella Adler e adotou o método de atuação criado por Konstantin Stanislavski – mais tarde adaptado por Lee Strasberg. Esse estilo focava na emoção real e na experiência pessoal do ator, algo inovador para a época.
Ascensão ao estrelato
Brando chamou a atenção do público e da crítica em “Um Bonde Chamado Desejo” (1951), interpretando o explosivo Stanley Kowalski, papel que já havia feito no teatro. Seu desempenho foi visceral, cru e magnético – diferente de tudo que Hollywood havia visto até então.
Nos anos seguintes, ele estrelou sucessos como:
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“O Selvagem” (1953) – símbolo da rebeldia juvenil.
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“Sindicato de Ladrões” (1954) – que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator.
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“O Último Tango em Paris” (1972) – polêmico e provocador.
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“Apocalypse Now” (1979) – como o misterioso Coronel Kurtz.
Mas seu papel mais lembrado é, sem dúvida, o do mafioso Don Vito Corleone, em “O Poderoso Chefão” (1972). Sua atuação foi tão marcante que redefiniu o arquétipo do “chefão do crime” no cinema, e lhe garantiu outro Oscar – que ele recusou em protesto contra a forma como os nativos americanos eram retratados em Hollywood.
Um talento indomável
Brando era conhecido por seu comportamento imprevisível, aversão a regras e postura crítica em relação à indústria. Apesar de sua genialidade, enfrentou altos e baixos, com períodos de afastamento, problemas pessoais e escolhas de filmes controversas. Ainda assim, mesmo em seus momentos menos convencionais, sua presença era magnética.
Legado
Marlon Brando faleceu em 1º de julho de 2004, aos 80 anos. Seu impacto vai além das telas: ele transformou a arte da atuação, abriu caminho para uma nova geração de atores como Al Pacino, Robert De Niro e Jack Nicholson, e mostrou que o cinema podia ser mais humano, emocional e real.
Brando não foi apenas um ator — foi um divisor de águas. Um homem à frente do seu tempo, que deixou um legado que ainda ecoa em Hollywood e na cultura pop.