Cinco motivos para não migrar para o Office 2010
Você já deu uma olhada no Microsoft Office 2010? Então diga quantos dos novos recursos têm alguma utilidade para a empresa? Será que elas valem o investimento? Seguem cinco motivos para as organizações não aderirem à suíte 2010 da MS:
1. Nada de upgrades
Você pode acessar o site da Microsoft agora, se quiser, e comprar uma das três versões do Microsoft Office disponíveis. Nos EUA, o pacote Professional sai por 499 dólares, a distribuição Home & Business custa 279,95 dólares, e o básico, o Home & Student, 149,95. Se quiser fazer um upgrade da versão 2007, por exemplo, pode esquecer; a MS não oferece essa opção.
Depois de procurar exaustivamente por informações sobre upgrade, finalmente me deparei com a página de perguntas frequentes da Microsoft e soube que, com o objetivo de “simplificar” as coisas, a empresa não mais oferece o upgrade de versões do Office. Se procurar direito na web, pode encontrar preços melhores de vários vendedores na web.
Esta é uma das decisões mais desastrosas do departamento de marketing da Microsoft, igual ao Windows Millenium, ao Vista, ao Office 2007 e à bombástica presença do Kin. Se esses quatro exemplos não deixaram você indignado com a MS, talvez essa política de não-upgrade seja a gota d’água. Talvez essas circunstâncias sejam tudo o que precisava para abandonar a plataforma de uma vez por todas.
2. Alternativas que não custam nada
Não dá para sair do Office sem ter para onde ir. O OpenOffice, um clone gratuito que ainda precisa de algumas melhorias quando colocado lado a lado com o Office e apresenta certas diferenças em termos gráficos, de animações e efeitos especiais, é uma saída. Se bem que, em termos de recursos gráficos, o Office nunca foi lá aquelas coisas; mudar para o OpenOffice não vai ser tão traumático assim.
Outras alternativas sem custo são as suítes Lotus Symphony, o Google Docs e o Zoho. Ainda tem a suíte ThinkFree – disponível nas versões gratuita e por assinatura. Esses programas oferecem recursos semelhantes aos do Office; alguns chegam a ser melhores que o programa da Microsoft, enquanto alguns são apenas ok. Mas como são gratuitos, vale a pena baixar e experimentar.
3. Alguns novos recursos, nada grandiosos
Aquele botão enorme e redondo com o símbolo do Office, posicionado no canto superior esquerdo, foi redesenhado. O Outlook ganhou uma opção de ignorar, capaz de apagar determinadas mensagens ou todo contingente de e-mails na caixa de entrada. Algumas opções de encaminhar mensagens e a marcação de e-mails como lixo. A equipe de Ballmer criou um botão de printscreen, que captura o que está exposto na tela, mas se preferir, você pode usar a tecla padrão do teclado “Prt Sc” e fazer exatamente a mesma coisa.
Se quiser, pode salvar documentos do Word na pasta compartilhada. Mas se quiser, arrastar o arquivo para a pasta repartida resolve. No Excel, o usuário tem a opção de adicionar pequenos gráficos em células individuais – o que já era possível fazer reduzindo o arquivo e posicionando-o no lugar da tela que decidir. O OneNote agora tem codificação em cores. Para os gráficos, novas ferramentas de edição oferecem alguns efeitos artísticos aplicáveis em imagens no Word, no Excel e no PowerPoint. É semelhante aos efeitos disponíveis no PhotoShop, no Paint Shop Pro e no banco de efeitos do Corel Paint, mas perde feio em versatilidade e em poder.
Mais opções como a pré-visualização de imagens inseridas, são perfeitamente substituíveis pelo ctrl+z, o desfazer. No editor de textos foi implementado um painel de navegação para arrastar e soltar, mas só é possível usar se estiver usando os estilos de pré-definição do Word Styles de cabeçalhos e parágrafos. Integrar vídeos e converter apresentações .pttx em arquivos de filme são alguns do recursos realmente úteis junto com o aumento do tamanho suportado para arquivos gráficos.
Existem outras melhorias, mas não acredito que sejam de deixar qualquer um boquiaberto. Certamente não valem o preço.
4. A barra de tarefas padrão mudou, mas continua chata
Essa barra foi implementada em todos os outros aplicativos da suíte, incluindo o Outlook e o OneNote. Mas ela continua sendo detestável como era no Office 2007. Depois de muita chateação, decidi comprar um software da AddIn Tools que é capaz de devolver ao MSO 2010 à aparência do 2003. Eu instalei o aplicativo, criei duas planilhas de cálculo idênticas, executei o mesmo processo nos dois ambientes do Office 2010, uma que exibia a barra e outra, que não. No modo de exibição “aprimorado” a tarefa levou quase o dobro tempo exigido pelo aplicativo para rodar o comando. Refiz a experiência e obtive os mesmos resultados.
A única mudança expressiva e ponto positivo para essa barra superior é a opção de definir menus padrão.
5. Edição simultânea
Por último, vale a pena falar disso que a Microsoft se refere por “edição simultânea” – nada mais que um compartilhamento de arquivos. Se tentar editar um arquivo aberto, o usuário recebe o aviso que já existe alguém acessando o mesmo arquivo; com o Office 2010 isso muda. É possível que mais de um usuário abra, em modo de edição, o mesmo arquivo. Uma barra de status mantém os editores informados sobre as alterações um do outro no texto e é possível sincronizar os documentos no disco rígido, com os originais no servidor.
Não é um recurso bacana. Para falar a verdade, é uma maneira de causar confusão, principalmente se você tiver de usar o Adobe Acrobat para editar os arquivos. Sempre que usei o compartilhamento de arquivos do Acrobat o resultado foi caótico. Se dois usuários estiverem editando a mesma parte do documento pode haver conflito entre as opiniões dos editores e o arquivo original terá mudado – a não ser que alguém tenha pensado ligeiro e feito uma cópia de segurança do arquivo. Sobre a opção de sincronizar documentos é outro engodo. Quase todos os aplicativos que existem oferecem essa opção de sincronia, inclusive com os servidores.
Veredito:
Esqueça o Office 2010; não vale o que custa. Experimente a suite da Corel. Ao preço de 399 dólares, a suite mais avançada, a X5 ainda sai por 100 dólares a menos que o Office 2010. A Microsoft sempre desenvolveu sistemas que levam o computador aos travamentos quando o usuário insiste em usar imagens em alta resolução. No que tange à gráficos, a Corel e a Adobe sempre foram bem superiores, e o sonho permanece: qua a Adobe lance uma suite igual ao Office para completar o CS.
Artigo retirado da PC World
Fonte: PC World